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No Dia do Champagne, conheça grandes nomes da história do vinho mais luxuoso do mundo

Sommelière da Wine comenta sobre a história dos pioneiros da bebida que se tornou símbolo de status e celebração.
 
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Champagne Day, uma ocasião especial para brindar.
Colaboração de texto e foto: Bruno Costa/Hercog
 
No dia 27 de outubro, celebramos o Champagne Day, uma ocasião especial para brindar a história e o legado dessa icônica bebida. Muito mais do que apenas um vinho espumante, o Champagne carrega séculos de tradição e requinte. Produzida na renomada região de Champagne, no nordeste da França, a bebida conquistou reis e nobrezas ao longo dos séculos e, até hoje, é sinônimo de glamour e celebração.

 
“O Champagne se tornou popular devido à sua associação com celebrações e ocasiões especiais, ao legado histórico e às inovações na produção que melhoraram sua qualidade”, diz Thamirys Schneider, sommelière da Wine, o maior clube de assinatura de vinhos do mundo. “É interessante notar como o marketing eficaz posicionou a bebida como símbolo de luxo e sofisticação, enquanto a globalização facilitou seu acesso a diversas culturas. No que diz respeito ao sabor, o Champagne é apreciado por sua complexidade e diversidade. São três as principais uvas autorizadas para a elaboração da bebida francesa: Pinot Noir, Pinot Meunier (uvas tintas) e a Chardonnay (uva branca). Também são permitidas em menor quantidade Pinot Blanc, Pinot Gris, Arbane e Petit Meslier.”
 
Quando Dom Pérignon bebeu estrelas
 
Há uma lenda que diz que o famoso espumante Champagne foi criado por acidente.
 
A peculiaridade do clima ao longo do ano trouxe uma atenção diferenciada aos vinhos: durante invernos rigorosos, o frio interrompia o processo de fermentação, que voltava acontecer na primavera, período em que as temperaturas voltam a subir. Neste contexto, uma segunda fermentação iniciava, ocasionando até mesmo a explosão das garrafas que, na época, não eram muito resistentes, por causa do acúmulo de dióxido de carbono dentro delas.

 
Dom Pérignon (1638-1715), célebre monge francês que se tornou um mestre em viticultura na Abadia de Saint-Vanne na região de Champagne, movido pela curiosidade, experimentou esse líquido e, para sua surpresa, percebeu, ali, um vinho formidável e soltou a frase “estou bebendo estrelas”. Não há como saber se a frase é verídica ou não, nem se ele foi o inventor do espumante mais famoso do mundo. Todavia, é possível afirmar que ele aperfeiçoou sua produção, trazendo o processo de blends (misturar dois ou mais vinhos) para a elaboração do Champagne, sendo responsável por criar rolhas mais resistentes para ajudar a evitar que as garrafas explodissem ou o gás carbônico vazasse.
 
A revolução de Madame Clicquot
 
Outro nome igualmente marcante na história do Champagne é o de Barbe-Nicole Clicquot (1777-1866), mais conhecida como Madame Clicquot ou Viúva Clicquot. No início do século XIX, ela assumiu os negócios de sua família e transformou a produção do Champagne, que na época ainda era turvo e incrivelmente doce. Foi ela quem inovou com o sistema de remuage, onde as garrafas eram colocadas de cabeça para baixo para coletar os sedimentos, tornando o vinho mais límpido e com as borbulhas finas e elegantes que conhecemos hoje.
 
Sua história de perseverança e inovação continua a inspirar gerações, e em 2024, sua trajetória chegou aos cinemas com o filme A Viúva Clicquot, destacando seu papel fundamental na consolidação do Champagne como uma das bebidas mais refinadas do mundo.

 
Champagne luxuoso de Madame Pommery
 
Viúva Clicquot não foi a única mulher a impactar a indústria do Champagne. A empresária francesa Madame Louise Pommery (1819–1890) também promoveu grandes avanços ao assumir o controle da casa de Champagne Pommery após a morte do seu marido, em 1858. Ela é famosa por ter criado o primeiro Champagne brut em 1874. Na época, a maioria dos Champagnes eram doces, com alto teor de açúcar, uma preferência que predominava especialmente na Rússia. Este novo estilo de Champagne, com menos açúcar residual, foi uma revolução que agradou os paladares ingleses e se tornou a norma global para o Champagne moderno.
 
Madame Pommery também foi pioneira em estratégias inovadoras de marketing e expansão. Ela investiu em vinhedos de alta qualidade e construiu as famosas caves de Pommery, escavadas em antigos túneis subterrâneos de calcário, que ainda são uma das atrações mais conhecidas da região de ChampagnePommery foi uma das primeiras casas de Champagne a posicionar seu produto como um símbolo de luxo e sofisticação, o que ajudou a consolidar a reputação da bebida como associada a ocasiões especiais e celebrações.

 
Champagne dos imperadores de Jean-Rémy Moët
 
Jean-Rémy Moët foi o neto do fundador da casa Moët & Chandon, Claude Moët, e é amplamente creditado por ter transformado a marca em uma das mais icônicas do mundo. Ele foi uma figura visionária na promoção e internacionalização do Champagne, desenvolvendo estratégias que elevaram o vinho espumante a um produto de luxo desejado por elites europeias. Ao assumir a casa de Champagne em 1792, rapidamente expandiu seus negócios, sendo um dos primeiros a entender o valor de criar uma rede de distribuição internacional, levando o Champagne Moët para a corte de Napoleão Bonaparte e, eventualmente, para a Inglaterra e outros mercados europeus. O estadista foi um dos grandes entusiastas dos vinhos de Moët, e a proximidade entre os dois ajudou a elevar o prestígio da marca. A lenda diz que Napoleão brindava às suas vitórias com o Champagne Moët, o que contribuiu para a associação da bebida com celebrações e sucesso.
 
A criação da marca Moët & Chandon em 1832, com a fusão entre a família Moët e o genro Pierre-Gabriel Chandon, consolidou o nome no mercado de luxo e a sua internacionalização. Mais tarde, em 1876, o Champagne Cristal, da Moët & Chandon, foi criado para o czar Alexandre II da Rússia, que exigia uma garrafa de cristal para seu consumo pessoal, levando à criação deste Champagne que é um dos mais prestigiados e caros do mundo até hoje.
 
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