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Queijo Del Monte transforma Mairí na Friburgo baiana

Se a Suíça tem Friburgo, uma região em áreas elevada, conhecida por sua paisagem de montanhas e vales, voltada para a agropecuária, principalmente, criação de gado e famosa por sua produção de queijos, a Bahia tem Mairí.

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Conhecemos Mairí, a Friburgo baiana.
Por Miguel Brusell
Imagens: Gabriela Simões
 
O Comida da Bahia produziu, todo este conteúdo, com apoio da Prefeitura de Mairí e colaboração de Rafael Cerqueira, Jamile Lima e Filipe Cerqueira.
 
À primeira vista, parece improvável: de um lado, os Alpes suíços; do outro, as serras baianas, mas tanto Friburgo quanto Mairí, além da paisagem de montanhas e vales, tem a agricultura, a pecuária de leite e, consequentemente, a produção de queijos em região de montanhas, ou montanhês, em comum. Friburgo fica na região Oeste da Suíça, fazendo fronteira com os cantões de Vaud, Berna e Neuchâtel, na Europa.



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Mairí está localizada na Chapada Diamantina Setentrional.
Mairí está localizada na Chapada Diamantina Setentrional, fazendo fronteira com Mundo Novo, Várzea da Roça e Serrolândia, na Mesorregião do Centro-Norte Baiano, a cerca de 295 km de Salvador, via BR-324 e BA-052, que é o trajeto mais rápido nas condições atuais. Com clima ameno, temperatura média de 23°C, chuvas entre abril e junho e de novembro a janeiro, relevo acidentado e uma forte tradição agropecuária, a região é propícia para uma produção artesanal de queijos, assim como Friburgo.
 
Um dos principais pontos turísticos de Mairi é o Monte da Santa Cruz, também conhecido como Monte Alegre, onde a Capela de Nossa Senhora das Dores se destaca na paisagem local. Durante a Semana Santa, é tradição que os fiéis subam ao monte para orações e celebrações. Mas a Capela está lá o ano todo e pode proporcionar um momento para olhar o passado, contemplar o presente e pensar no futuro em um encontro com você mesmo.



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Adega do Açougue conta com carta de vinho bem diversificada. 
Além da subida da Capela, Mairí é uma cidade intensa, que carrega a sabedoria e a resiliência do povo Nordestino para viver com dignidade e, porque não, conforto em um clima, no mínimo, difícil de produzir. Na visita que fizemos à Mairí, ficamos na Pousada Senhor do Bonfim que tem um café da manhã regional reforçado, ambiente tranquilo, localização privilegiada, na entrada da cidade, bem próxima ao centro comercial e ao local onde acontece a tradicional festa de Sao João.
 
Na primeira noite na cidade, fomos conhecer a Adega do Açougue, um mix de açougue para churrasco, adega, bar e restaurante. A casa conta com algumas mesas, um cardápio regional muito interessante, com vários petiscos, além de uma carta de vinho bem diversificada, com rótulos representativos de países como Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Itália, França e Portugal.



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Queijo Del Monte que faz queijo como os de Friburgo.
No dia seguinte fomos conhecer Dona Graça e Seu Zé Carlos do Queijo Del Monte que fazem um queijo como os de Friburgo, com leite cru produzido com processos artesanais que respeitam o ritmo da natureza. O resultado é um queijo com sabor marcante, textura firme e aromas complexos. Um produto com identidade baiana que tem chamado a atenção em feiras e concursos, acumulando cinco premiações entre ouro, prata e bronze, em pouco mais de quatro anos de criado.

Assim como os queijos produzidos em Friburgo, o Del Monte nasce de um terroir único: vacas criadas em pasto livre, clima semiárido com noites frias e altitudes acima dos 500 metros. Esses elementos contribuem para um leite rico e um queijo complexo e cheio de personalidade, com grande influência do relevo sobre o sabor do leite — e, por consequência, dos queijos. Basta provar um pedaço para perceber que o sertão pode sim falar a língua dos grandes queijos de montanha. Assim, Mairí vai se consolidando como a "Friburgo baiana" — não por copiar, mas por criar algo autêutico e digno de reconhecimento.



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Visitamos a produção do Requeijão de Manteiga Boa Vista.
No dia seguinte, continuamos na nossa rota e fomos conhecer um queijo Mussarela artesanal, do queijeiro Helmano, que produz na própria fazenda, com leite fresco. Dá um trabalho danado, mas é com sabor intenso. Além da mussarela, ele produz queijo coalho e manteiga de excelente qualidade. Tivemos a oportunidade de degustar um Romeu e Julieta, goiabada com a mussarela fresca, um casamento perfeito.
 
Depois fomos visitar a produção do Requeijão de Manteiga Boa Vista, onde tivemos a oportunidade de degustar a raspa do tacho. Uma delícia, o requeijão ainda quente, antes de endurecer. Também visitamos o projeto Sabor e Saberes de Uruçu que tem uma produção de polpa de frutas, de farinha de mandioca e de beneficiamento de Nicurí ou Licurí que é aproveitado na forma de óleo, cocada, sorvete e até pudim.

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