Dom Queijo Artesanal transforma cidade do Recôncavo na Parma Baiana

A cidade de Dom Macedo Costa, distante cerca de 180 Km de Salvador via BRs 324 e 101, vem entrando na rota do “Wellness Tourism” com os queijos premiados, internacionalmente, do empresário Leonardo Mello.
 

O queijo recebe a influência da região e da vegetação.

Por Miguel Brusell
Imagens: Gabriela Simões
 
A região de Parma, na Itália, é famosa pelo seu queijo parmigiano-reggiano, o mais famoso do popularmente conhecido como Parmesão. Criado no século XI, na planície drenada do Rio Po, pelos monges que plantaram forrageiras para servir de alimento para as vacas leiteiras e desenvolveram a técnica de aquecer o leite duas vezes até uma determinada temperatura, para obter uma massa com pouca água, capaz de fazer um queijo grande que pudesse se conservar por muito tempo.

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Encontro entre leite e sal criou este queijo único.

Mas, sem dúvidas, o sal extraído lá próximo, em Salsomaggiore Terme, também, facilitou muito a elaboração do queijo. O encontro entre o leite e o sal criou este queijo duro e único, com um longo período de maturação que, hoje, ficou popular com o nome de Parmesão. Mas o queijo Parmesão é uma Denominação de Origem Controlada e só pode ser produzido nas regiões entre Parma e Reggio Emilia, na Italia.

 
Então, os queijos produzidos fora desta região, mesmo seguindo as centenárias técnicas dos monges, não podem ser chamados de Parmesão. A Dom Queijo Artesanal produz queijos nos vales do Rio Jaguaripe e o seu principal produto e mais premiado é feito com a técnica dos monges italianos de Parma, mas leva no nome do “Rio das Onças” dos Tupis que habitaram a região no passado, Jaguaripe.

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Jaguaripe, o “Rio das Onças” dos Tupis.

Leonardo Melo iniciou no mundo dos queijos produzido o tipo Coalho, para um negócio de espetinho que tinha. Em um determinado momento, teve que interromper o projeto do coalho, devido a uma severa estiagem que o deixou sem leite. Antes de retornar a produzir queijos, fez diversas viagens para entender o motivo do sucesso dos queijos artesanais da Serra da Canastra. Lá, entendeu que o sucesso dos queijo é devido ao nome.

 
“Os queijos da Serra da Canastra são o que são porque tem nome. Pingo do Amor, Queijodo Ivair, Zê Mario, Onézio. Acaba criando uma identidade. O cliente pede o queijo pelo nome”, afirma. Atualmente, o empresário, na Dom Queijo Artesanal produz queijos artesanais, queijo de búfala, iogurte, doces e geleia e conta com um receptivo de alto nível.

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O iogurte é o feito com leite cru de qualidade.

O queijo artesanal é o feito com leite cru de qualidade, de vacas saudáveis, com o máximo de sete mil litros por dia de produção própria ou adquirido de propriedades vizinhas. Não possuem conservantes, espessantes, fermentos industrializados nem a prática da homogeneização do leite ou qualquer interferência industrial.

 
Mello explica que o queijo recebe a influência da região, da temperatura, da umidade, da altitude, do solo, da vegetação e dos microorganismos presentes que interferem na produção.

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Dom Queijo conta com dois confortáveis chalés. 

Para receber o visitante, a Dom Queijo Artesanal conta com dois confortáveis chalés que podem ser locados de quarta a domingo. A experiência é única para quem está à procura do turismo de experiência e bem estar, o “Wellness Turism”. Além dos chalés, a estrutura conta com uma queijaria, uma Cave onde é possível comprar diversos produtos e um restaurante que serve café, almoço e jantar.

Na região, é possível visitar alguns locais como o Rio Jaguaripe, a fonte de Santo Antônio dos Milagres, que nasce dentro da igreja dedicada ao santo, e a foz do Rio Jaguaripe. Entre os locais a ser visitado em Dom Macedo Costa, sem dúvidas é a Cave e o Restaurante da Dom Queijo Artesanal, dirigido pelo Chef Veinho, que é o mais concorrido e estão entre as melhores opções da região.

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