Festival do Queijo marca primeiro passo da produção Artesanal da Bahia em direção ao mercado nacional
Apesar
da produção de queijo ser pioneira no Brasil e de fazer parte da identidade
cultural do Estado, falta, aos produtores da Bahia, organização e licenças para comercializarem os seus produtos.
Por
Miguel Brusell
Imagens: Gabia Simões
A
produção de queijo na Bahia é uma atividade que remonta a muitos séculos e faz
parte da sua identidade cultural. Segundo registros, o primeiro queijo
produzido no Brasil teria sido feito no final do século XVI, em Salvador, pelos
jesuítas. Essa informação sugere que a produção de queijo na Bahia é uma das
mais antigas do país.
Apesar
da tradição, do conhecimento, da diversidade de climas e pastagens que contribuem
para a riqueza e a singularidade dos queijos artesanais produzidos na Bahia, a
falta de organização e de licenças dos órgãos sanitários é, hoje, o maior
obstáculo para a comercialização da produção baiana em mercados e lojas
especializadas.
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É
importante ressaltar que o queijo artesanal na Bahia não se limita a um único
tipo. A variedade é enorme, desde os mais conhecidos, como o coalho e o
requeijão, até os mais sofisticados. A maioria dos pequenos produtores do
Estado vendem toda a sua produção na feira, próximo de casa e não tem a necessidade
de obter todos os certificados, licenças e autorizações para isto.
Para
quem comercializa o produto, a maior dificuldade é conseguir queijos da Bahia
que atendam às exigências do mercado, para a sua comercialização. O 1º Festival do Queijo Artesanal da Bahia,
que acontece entre os dias 19 e 21 de setembro, no Mercado do Rio Vermelho, é o primeiro sinal desta
organização que começou a pouco mais de dois anos.
A produção de queijo na Bahia faz parte da sua cultura. |
Imagens: Gabia Simões
O queijo artesanal na Bahia não se limita a um único tipo. |
Com o apoio das secretarias estaduais de
Desenvolvimento Econômico (SDE), Turismo (Setur), e da Agência de Defesa
Agropecuária da Bahia (Adab), o festival é uma realização do Governo do Estado,
por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e da Secretaria
de Desenvolvimento Rural (SDR).
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Mais
de 60 produtores, de diversas regiões do Estado, irão se encontrar no Mercado do Rio Vermelho para comemorar
o bom momento, anunciar novidades e planejar o futuro, afinal, apesar dos
desafios, o setor possui um grande potencial de crescimento. A organização dos
produtores locais, a crescente demanda por alimentos saudáveis e com identidade
cultural e o apoio de políticas públicas, são os principais combustíveis deste crescimento.
O
bom momento por que passa o setor queijeiro baiano é fruto do trabalho de produtores
e queijistas ou comerciantes de queijo, como João Torreão, Frederico Teixeira, Eugênia
Félix, Aotimar Ribeiro e João Campos, só para citar alguns. Campos, representante da Fazenda Licurizal, em
Santanópolis, já fez história ao ganhar a primeira medalha para um queijo
baiano no Mundial do Queijo de Tours, na França, em 2023, com o seu premiado
Queijo Coração de Massapê.
João Torreão, Gabriela Simões e Frederico Teixeira. |
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