Baianas do Acarajé ganham festa na ABAM pelo seu dia

Em mais um ano de luta para preservar a saúde, a cultura e a profissão, a Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (ABAM) celebra o Dia Nacional das Baianas de Acarajé com uma programação especial.
 

Baianas do Acarajé ganham festa na ABAM pelo seu dia.

Por Miguel Brusell
Imagens Gabriela Simões
 
A data, 25 de novembro, foi instituída pela Lei nº 12.206, sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva e marca um momento de grande importância para a profissão. A festa da ABAM acontece a partir das 10 horas com a programação se estendendo até às 18, com uma série de atividades culturais e religiosas. A programação inicia com uma missa na Igreja do Rosário dos Pretos, seguida por um tradicional cortejo das baianas pelas ruas do Centro Histórico.

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Desde a última comemoração, a ABAM movimentou o noticiário com duas ações para valorizar a profissão. A primeira foi o lançamento do game “A Receita do Acarajé de Ouro”, em julho deste ano, com objetivo de atrair o público jovem para preservar a profissão. A proposta do jogo é explorar as ruas de Salvador em uma aventura com uma menina que quer se tornar uma baiana do acarajé.
 
A outra, que vem se arrastando por mais de seis anos, é o desenvolvimento de problemas respiratórios e outros de saúde, possivelmente, causados pela fumaça gerada na fritura do dendê. A ABAM lista uma série de casos com relatos em comum e demandam políticas públicas voltadas ao trabalho da categoria. “Há mais ou menos seis anos nós estamos questionando algumas doenças que estão acontecendo com as baianas”, explica a coordenadora nacional da ABAM, Rita Santos. “A gente sabe que essas doenças são antigas, só que nunca foram postas às claras”.

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Além dos problemas respiratórios, as baianas também registram casos de problemas no rim, tendão, pressão alta, visão, entre outras mazelas atribuídas a situações impostas pelo trabalho, como o excesso de tempo sentadas, esforço braçal e impossibilidade de ir ao banheiro.

Hoje, na festa, um dos destaques será o lançamento do selo dos Correios em homenagem às baianas de acarajé, um reconhecimento oficial da importância desse ofício para a cultura brasileira. Além disso, as baianas terão um almoço comemorativo e poderão assistir a apresentações musicais na Praça da Cruz Caída.
 

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 Reconhecimento e luta por direitos
 

Hoje é festa para as baianas.

A celebração deste ano ganha ainda mais significado com a recente homologação da revalidação do registro especial do Ofício das Baianas, concedido pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). Essa conquista representa uma importante vitória na luta das baianas por reconhecimento e valorização de seu trabalho.
 
"Essa celebração é um momento de muita alegria e gratidão", afirma Rita Santos. "É o resultado de anos de luta por reconhecimento e valorização do nosso ofício. Agradecemos a todos que contribuíram para essa conquista e convidamos a todos para celebrar conosco".

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Programação completa:
10h: Missa na Igreja do Rosário dos Pretos (Largo do Pelourinho)
11h: Cortejo das Baianas pelas ruas do Pelourinho
12h: Lançamento do selo dos Correios (Memorial das Baianas, Praça da Sé)
13h: Almoço comemorativo para 400 Baianas
15h: Apresentações musicais (Praça da Cruz Caída)
 
Sobre a ABAM
 
Fundada em 1992, a ABAM é uma entidade sem fins lucrativos que luta pela profissionalização das baianas de acarajé, promovendo a inclusão social e o fortalecimento da profissão. A associação atua em diversas frentes, como a defesa dos direitos das baianas, a preservação da tradição cultural e a promoção do empreendedorismo feminino.

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