União Europeia e Embaixada de Portugal se unem para preservar os sabores da Bahia
Com
apoio do Sebrae e da Fundação Casa de Jorge Amado, o Sabores que Conectam
aconteceu no charmoso Restaurante Casa de Tereza, no Rio Vermelho - um espaço
que, assim como o projeto, honra a ancestralidade e as raízes da culinária
baiana.
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| A união para a preservação e valorização dos sabores de origem. |
Fotos: Gabriela Simões
Se é possível conhecer a cultura de um povo através da sua gastronomia, então — julgando pela variedade, riqueza e ancestralidade dos seus sabores — é vasta a cultura do povo baiano. Da tradição africana às influências indígenas e portuguesas, cada prato da Bahia carrega memória, território e identidade. Por isso, Salvador se tornou o palco perfeito para receber o Sabores que Conectam, iniciativa da União Europeia e da Embaixada de Portugal em torno da preservação e valorização dos sabores de origem.
Com apoio do Sebrae e da Fundação Casa de Jorge Amado, o evento aconteceu no charmoso Restaurante Casa de Tereza, no Rio Vermelho — um espaço que, assim como o projeto, honra a ancestralidade e as raízes da culinária baiana.
A força das Indicações Geográficas
As Indicações Geográficas (IGs) são reconhecimentos oficiais que conectam um produto à sua origem, valorizando características únicas, saberes tradicionais e o território que lhes dá identidade. Na Europa, esse selo é parte fundamental da política de proteção de produtos regionais. No Brasil, o sistema de IGs avança com força, impulsionado por pequenos produtores, cooperativas e comunidades que preservam métodos e culturas locais.
O Sabores que Conectam nasce justamente para aproximar esses universos: construir pontes entre a sólida tradição europeia de proteção de origem e a crescente valorização dos territórios brasileiros.
Salvador no centro da troca cultural
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| A edição baiana reuniu influenciadores digitais de Salvador. |
No cardápio e nas discussões, brilhou a diversidade: azeites, queijos e vinhos europeus; cachaça, cacau, café, frutas e bebidas brasileiras com forte identidade regional. A Casa de Tereza, templo da gastronomia de matriz africana, tornou-se o cenário ideal para mostrar como ingredientes de diferentes territórios podem dialogar sem perder o vínculo com suas raízes.
Preservar, promover e conectar
Mais do que destacar produtos, o evento reforçou a importância de preservar modos de fazer, proteger tradições e promover as comunidades que mantêm viva a cultura alimentar. A parceria entre União Europeia, Embaixada de Portugal, Sebrae e Fundação Casa de Jorge Amado reafirma um compromisso conjunto: valorizar os territórios, fomentar a troca cultural e fortalecer as IGs como instrumento de identidade e desenvolvimento.
O Comida da Bahia, que esteve presente a convite da organização, celebra iniciativas como esta, que ampliam a visibilidade das nossas raízes e mostram ao mundo a força dos sabores baianos.
Chef Tereza Paim e as IGs inspiradas em Jorge Amado
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| Paloma Amado, Tereza Paim e Gonçalo Ramirez. |
Realizado na tarde desta quarta-feira, 3 de dezembro, o evento reuniu União Europeia, Sebrae, Embaixada de Portugal e Fundação Casa de Jorge Amado em um almoço especial preparado a quatro mãos: além de Tereza, o chef Gonçalo Ramirez, do Boteco Português, criou pratos para o Almoço das IGs Nordeste.
Inspirada nos sabores exaltados por Jorge Amado em suas obras — como o cacau do Sul da Bahia, a manga-rosa, a manga-espada e outras frutas típicas do Vale do Submédio São Francisco — Tereza compôs um menu que uniu tradição, território e técnica. Entre as criações apresentadas estavam:
Telhinha de beijú crocante com Queijo Serpa DOP, mel Manguezais de Alagoas e pérola de balsâmico
Bobó de camarão Costa Negra com arroz de coco
Sopa fria de manga do Vale do Submédio São Francisco com torta de chocolate do Sul da Bahia
Cada prato foi uma homenagem aos territórios de origem e à força da gastronomia como expressão cultural — exatamente como Jorge Amado sempre descreveu em seus romances.
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